Para não perder cabelo, relaxe!

Cristiane Felix

Fios em excesso pelo chão da casa, no ralo do chuveiro ou na escova de pentear. Incômoda e bastante constrangedora, a queda de cabelo é um problema que sempre perturbou boa parte dos homens e tem crescido assustadoramente entre as mulheres. Uma pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração de Cabelo (ISHRS), divulgada há dois anos, revelou que, enquanto em 2005, 11,5% dos transplantes capilares em todo o mundo eram realizados em mulheres, em 2008 esse percentual passou a ser de 15,1%.

O fato é que, tanto para eles quanto para elas, o problema existe e pode ter causas, além de biológicas, também psicológicas, sendo o estresse e a ansiedade as mais comuns atualmente.

O primeiro passo, segundo os dermatologistas e especialistas em tratamento capilar, é identificar os sintomas que possam revelar o problema. Perder até 100 fios de cabelo por dia é considerado normal. O problema está quando a quantidade de fios em queda passa visivelmente desse número. Cabelo mais fino e fraco, couro cabeludo muito oleoso ou com falhas perceptíveis também são sinais de que algo está errado.

Na busca pela causa do problema, os fatores emocionais despontam como um dos principais agravantes para distúrbios que afetam os cabelos e o couro cabeludo.

“O estresse baixa a imunidade do organismo, deixando-o suscetível a vários desequilíbrios, entre eles o do couro cabeludo. Por meio de avaliação e conversa com o paciente, descobrimos se ele está ou não estressado”, explicou Patrícia Maciel, pioneira em Terapia Capilar no Brasil.

A estudante Camila Lima Ferreira, de 23 anos, sentiu na pele o problema. Ao perceber que, em um período de seis meses, havia perdido muito cabelo, resolveu procurar um dermatologista.

“Ao tomar banho e lavar os cabelos chegava a perder mechas cheias, achei que estava doente. Depois de todos os exames veio a surpresa, e a médica disse que a causa não era física e sim psicológica e que eu precisava aliviar o nervosismo com alguma atividade”, contou. Para Camila, o retorno à prática de Pilates e a ajuda de um tônico importado, receitado pela dermatologista, resolveram a queda e ajudaram na recuperação dos fios.

Terapia capilar ajuda

De acordo com a terapeuta, após identificar que o problema não é de origem biológica – ou seja, que não é causado por predisposição genética, disfunção hormonal, descontrole sebáceo, problemas endócrinos ou hábitos como exposição solar sem proteção e alimentação inadequada – o próximo passo é definir o tratamento mais adequado a cada paciente. “Para tratar a queda do cabelo de fundo psicológico, é necessária uma ação simultânea de vários profissionais, como psicólogos, terapeutas capilares e até, em alguns casos, neurologistas”, ressaltou.

Na terapia capilar, o tratamento desenvolvido pela terapeuta no Centro que leva o seu nome, a primeira ação é a realização do Tricograma, o chamado diagnóstico da saúde do cabelo. “Com este estudo, obtemos dados e um ponto de partida para orientar o paciente com relação às mudanças na alimentação e assepsia que deve passar a ser feita com produtos adequados ao perfil do cabelo”, ressaltou.

Em Salvador, algumas clínicas e centros de estética oferecem tratamento especializado para queda de cabelo, alguns inclusive com profissionais aptos a atuar em terapia capilar. Entre eles estão o Klein Centro Capilar e Cabelo & Vida Tratamento da Calvice Inicial e Queda de Cabelo, ambos no Itaigara, e Clínica do Cabelo, no Iguatemi.

Na primeira, por exemplo, o desaparecimento da queda capilar não orgânica é garantido em 15 dias após o tratamento. O centro é especialista em prevenção da calvice feminina e masculina há mais de 30 anos e utiliza em seus tratamentos a técnica de eletro estimulação.

Segundo informação em seu site, a clínica utiliza-se de uma técnica chamada fotobioestimulação, feita com um laser específico, para promover a revitalização do bulbo capilar, que é a matriz do fio, e a desobstrução do duto capilar, por onde o fio emerge, promovendo assim o equilíbrio orgânico e estético dos cabelos.